Deixam o governo Maria Cristina Soares Lopes, Dionatan Tavares, Ilo Moraes, Gabriela Butzge, além do procurador geral Márcio Gomes

Em um passo adiante da situação tornada pública na semana passada, que indicou uma necessidade inadiável de corte de pessoal na administração municipal de Candelária, o prefeito Paulo Butzge anunciou ontem as primeiras medidas para reverter o quadro. E as anunciadas exonerações começaram pelo primeiro escalão do governo. Deixam hoje a administração a secretária municipal de Educação, Maria Cristina Soares Lopes, o secretário municipal de Turismo, Cultura e Esporte, Dionatan Tavares da Silva, o oficial da governança administrativa, Ilo Moares, além de Gabriela Schmachtenberg Butzge, que deixa o comando da secretaria municipal de Assistência Social. Na condição de primeira-dama, Gabriela passa a se dedicar exclusivamente ao Gabinete da Primeira-Dama, cujas exigências agora são maiores em função dos trabalhos para a ornamentação natalina. A lista de exonerações do primeiro escalão neste primeiro momento é completada pelo procurador geral do município, Márcio Gomes. Hoje e nos próximos dias deverão ser efetivadas novas exonerações de cargos em comissão (CCs) em diferentes níveis, devendo chegar a um índice mínimo de 50%. Essa providência, tornou-se inevitável diante da acentuada queda na receita, que alcançou seu nível mais preocupante em setembro, ocasionando um sinal de alerta no limite de gastos com pessoal, previsto na lei de responsabilidade fiscal.

É evidente o desconforto do prefeito Paulo com a necessidade de cortar colaboradores tão próximos. A realidade delicada, especialmente em relação ao índice de pessoal, foi tratada em reunião com os secretários e demais integrantes do primeiro escalão do governo na última quarta-feira, 9. Na oportunidade, demonstrando compreensão com a situação, todos os secretários colocaram seus cargos à disposição. O prefeito, no entanto, explicou que não poderia abrir mão de toda a equipe para não prejudicar a governabilidade. Ontem ele voltou a elogiar toda a equipe, salientando que não tem o que reclamar dos que estão deixando a administração. "Pelo contrário. Todos se dedicaram bastante, foram leais e cumpriram com as metas estabelecidas", acrescentou. No entanto, conforme enfatizou, o corte de pessoal tornou-se uma imposição diante da frustração da receita, registrada mês após mês ao longo do ano, causada por fatores externos, com destaque para a queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O chefe do executivo explicou, ainda, que os que vão permanecer no governo terão que se desdobrar nas suas tarefas. Segundo salientou, a ideia é fazer os ajustes para equilibrar o orçamento e os gastos com pessoal sem prejudicar o funcionamento dos serviços e o atendimento à população. "Temos que exercitar ao máximo a eficiência, que é um dos princípios da administração pública", frisou Paulo Butzge.