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Candelária, 27 de Julho de 2024


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Pesquisa Confederação Nacional dos Municípios - CNM
22 de Setembro de 2011

Pesquisa Confederação Nacional dos Municípios - CNM

No mês de julho deste ano, a Confederação Nacional dos Municípios – CNM realizou uma pesquisa aplicada com trabalhadores da área da saúde, cuja finalidade era a avaliação de toda a rede de atenção, prevenção e tratamento ao crack, álcool e outras drogas em todo o país.

         No estado do Rio Grande do Sul, Candelária ficou em primeiro lugar com o melhor resultado referente ao que se propunha a pesquisa. O município é o único da 13ª Coordenadoria de Saúde e da Região dos Vales que respondeu ‘sim’ para todas as questões.

         Segundo Aline Trindade, psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, há dois anos, foi feita uma parceria com a atenção básica, as famílias, os postos de saúde e o hospital, para organizar o fluxo de dependência química. “Conversamos com as equipes de cada unidade de saúde que atendem os casos de drogas e álcool e orientamos que todos os casos de dependência química, além do tratamento oferecido na atenção básica, todas as consultas devem ser encaminhadas para o CAPS e após a avaliação do paciente, é montado um Plano Terapêutico Individual, em que cada usuário tem uma proposta de tratamento diferenciada e compatível com suas necessidades”, explica a psicóloga.

         A iniciativa é da Prefeitura Municipal de Candelária, através da Secretaria Municipal de Saúde e dos profissionais do CAPS, para que o atendimento fosse mais organizado e direcionado para cada necessidade. Uma das formas de tratamentos oferecida pelo CAPS é o ambulatorial, sem internação e que consiste ainda, em reuniões com grupos ou individuais de alcoolistas, de outras drogas e com a família, e, além disso, as consultas com psiquiatras e psicólogos e a administração de medicação, sem custo algum para o paciente, tudo à custa do Sistema Único de Saúde - SUS.

         A psicóloga explica ainda, que o outro método é a internação, voluntária ou compulsória, porém, realizada em último caso, se o tratamento ambulatorial não estiver dando resultados positivos e o paciente apresentar algum risco, seja para si ou para os outros. “Somente é requisito de internação hospitalar, quando o paciente estiver em risco de suicídio, de homicídio e de agressão, ou seja, quando a situação chega a um ponto extremo”, esclarece Aline.

         A equipe do CAPS fez também, uma parceria com a defensoria e promotoria pública referente às internações compulsórias, que consistem em um mandado judicial em que o paciente não tem escolha, e simplesmente é recolhido direto para a internação. Nesse contexto, todas as internações, voluntárias ou compulsórias somente são dadas com a autorização do CAPS, após a avaliação do paciente.

         Durante o período de internação os pacientes são acompanhados semanalmente pela equipe do CAPS e após a alta, o tratamento continua com os grupos de apoio, medicação, visitas periódicas dos profissionais, e todo o suporte que o paciente necessite.

         O método possui eficácia comprovada e segundo conta Aline, outros municípios estão aderindo e implantando a mesma forma de tratamento, pois, as filas para a internação compulsória eram imensas e muitas vezes não adiantava nada com relação à recuperação dos pacientes e hoje, Candelária é o município com menor número de internações compulsórias, após a implantação desse sistema.

         A adesão da família ao tratamento é fundamental e um dos requisitos, todos participam, inclusive das reuniões de grupos e nas visitas realizadas semanalmente nas residências, é avaliado o âmbito e a participação familiar. Essa forma de lidar com esses problema facilitou não somente a recuperação dos dependentes, mas também o trabalho dos profissionais, que passaram a exercer suas funções de forma mais fácil, organizada e sem grandes custos.

         A equipe é formada por uma assistente social, uma enfermeira, duas psicólogas e um psiquiatra, além de estagiários, de medicina, de psicologia, de enfermagem, de serviço social e do Programa de Educação para o Trabalho - PET. As atividades são desenvolvidas no CAPS e semanalmente a equipe se reuni para rever os casos e traçar o plano de visitação.

         O índice de drogas é maior na cidade, conforme a psicóloga explica, no interior o alcoolismo predomina, e ela alerta que, o álcool é um problema maior ainda do que o próprio crack, pois é a partir daí, que as pessoas começam a dependência química. Aline afirma ainda, que a maioria dos casos que chegam ao CAPS de Candelária são de alcoolistas.

 

Os dias das reuniões no CAPS:

2ª Feira das 13h30min às 14h30min Grupo de alcoolistas;

2ª Feira das 15h00min às 16h00min Grupos de dependência de outras drogas;

3ª Feira das a partir das 14h00min Grupo de familiares;

6ª Feira: Visitas domiciliares.

 

 

O que é a CNM?

A Confederação Nacional de Municípios – CNM é uma entidade municipalista com 30 anos de existência, constituída a partir dos anseios dos dirigentes das federações, associações estaduais e microrregionais de municípios e defende e fortalesse os interesses institucionais do ente municipal. Todos os Estados da federação, no seu conjunto formam a CNM. A condição de abrangência em todo o território nacional dá legitimidade para que o CNM responda em nome dos 5.563 municípios brasileiros, dos quais 83% têm uma população menor de 30 mil habitantes e possuem os mais diversos tipos de carência que precisam ser minimizadas.

 

Atuação
Além de prestar assistência político institucional e técnica aos municípios, a CNM desenvolve atividades dirigidas ao desenvolvimento tecnológico e social. Desenvolve ainda, aplicativos e soluções para áreas especificas garantindo a qualidade das informações para auxiliar no processo da administração pública municipal.

 








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