No decorrer desta terça-feira, 8, o Clube Rio Branco em Candelária foi palco do Seminário Macrorregional de Ações Integradas em Áreas Cultivadas por Tabaco. A realização foi da Prefeitura Municipal, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde e o dos Centros de Referência em Saúde do trabalhador (CEREST) Região dos Vales, Centro e Estadual. Ao todo, 28 municípios estiveram presentes participando do evento, que reuniu cerca de 200 pessoas.

Estiveram presentes na ocasião, o prefeito candelariense Lauro Mainardi, acompanhado do secretário de agricultura, Marco Treichel, do secretário da saúde, Aristides Feistler e da secretaria de assistência social, Leandra Sartori. Além das lideranças municipais, estiveram Cristiane Belinzoni, engenheira agrônoma da MDA, o coordenador da área técnica de doenças crônicas do Ministério da Saúde, Lenildo de Moura, a adjunta do CEREST estadual, Loiva Schardosin, a médica do trabalho do CEREST Vales, Adriana Stanvinski, a gerente de área vigilância do câncer relacionado ao trabalho e ao meio ambiente – INCA, Ubirani Otero, do CEREST Centro, Carla Centurião, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Silvana Turci, a coordenadora geral da saúde do trabalhador do Ministério da Saúde, Renata Vasconcellos, do Ministério da Saúde, Fabiana Malaspina, o chefe do escritório da EMATER de Candelária, Eduardo Souza, da secretaria estadual da saúde, Elizeu Mendonça, o membro do conselho gestor do CEREST dos Vales, João Costa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Mauro Flores, o representante do Centro de Pequenos Agricultores (CAPA), Luis Boemeck, o representante da UERGS, Antônio Schimitz, o representante regional da EMATER, Luis Bernardi. Acompanharam ainda, os profissionais na área da saúde, da agricultura e a comunidade.

Ao pronunciar-se, o prefeito ressaltou a importância da saúde e da educação em Candelária, e da valorização da qualidade de vida, o que somente é possível, com saúde. “Não adianta trabalhar, gerar renda para si e para o município, se esta renda acaba voltando para a saúde em forma de recuperar a saúde afetada, exatamente por doenças relacionadas à agricultura, como a ingestão de agrotóxicos. Hoje, o município gasta mais do que exigido por lei, 15% do orçamento para a saúde, e não chega, já estamos ultrapassando 50% para dar conta de atender as necessidades nesta área”, explicou Mainardi.

O secretário municipal da saúde lembrou ainda, que os gestores têm que estarem preparados para atender os agricultores e lembrou que na época de colheita é quando há maior incidência da doença transmitida pela folha verde do tabaco. “Essa doença consiste na forma de intoxicação aguda causada pela absorção dérmica da nicotina encontrada na folha tabaco, causando náusea, vômito, fraqueza e tontura em agricultores que trabalham com esse cultivo”, afirma Feistler.

Durante o dia, foram apresentados projetos relacionados à área da saúde, os problemas enfrentados pelos produtores e as ações necessárias para combater os males causados pela folha verde do tabaco. Um dos pontos mais sugeridos, foi com relação a diversificação do cultivo deste produto, o que já vem sendo discutido e incentivado a algum tempo, até mesmo, em função da crise enfrentada no setor. Além disso, foram realizadas oficinas, bate-papos e a distribuição de materiais informativos.