Ir para o Conteúdo

Candelária, 28 de Julho de 2024


Notícias

Remédios não devem ser colocados no lixo comum
26 de Outubro de 2012

Remédios não devem ser colocados no lixo comum

Jogar na lixeira de casa envelopes de comprimidos que não são mais usados ou restos de xaropes vencidos pode ser uma atitude aparentemente inofensiva e até mesmo comum para muitas pessoas. Porém, se desfazer de medicamentos sem o devido cuidado pode causar danos ao meio-ambiente e riscos à saúde da população.

Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por ano são jogados fora entre 10 e 28 mil toneladas de remédios no país. O órgão já estuda, inclusive, formas de conscientizar as pessoas para o correto descarte, visto que no Brasil ainda não existe uma legislação que trate do assunto.

De acordo com a secretária de saúde de Candelária, Aline Gewehr Trindade, a orientação é de que remédios não utilizados sejam entregues em postos de saúde, vigilâncias municipais e farmácias. No município, entretanto, alguns pontos extras, como o Colégio Medianeira, contribuem para a conscientização dispondo de caixas de descarte. Nas localidades do interior, a Emater realiza a coleta entre os moradores. "Na rede municipal a gente não faz a busca, mas aceitamos que a população nos traga os remédios. Então, quem tiver medicamento vencido em casa ou que não usa mais, pode deixar nos postos ou em qualquer farmácia para que seja feito o descarte correto", lembra.

Conforme a farmacêutica da Farmácia Municipal, Marisol Schneider, não são apenas os remédios com data de validade vencida que precisam ter destinação adequada. Também os que ainda podem ser consumidos mas não serão mais utilizados devem ser deixados nos postos de coleta. "Às vezes acontece de a pessoa tomar um, dois remédios e o restante da caixa sobrar. Tem muitos pacientes que pegam o medicamento, não usam e ficam acumulando em casa", conta.

Conforme ela, o descarte correto contribui principalmente com a preservação do meio-ambiente e da saúde. "Colocar no lixo ou no esgoto pode contaminar o solo e a água. E o uso incorreto e em excesso é muito perigoso, porque o remédio é uma droga e causa efeitos colaterais", alerta.


MUDANÇAS DE HÁBITO - Por mês, ressalta Aline, Candelária faz a destinação de, em média, 50 litros (o acondicionamento é feito em galões) de remédios impróprios para o consumo. "Hoje as pessoas se medicam mais, tem mais acessos à consultas e remédios e também estão mais conscientes. Muitas já sabem que não devem descartar remédios no lixo ou no vaso sanitário." Na opinião da profissional grandes precursores para esta mudança de hábito que começa a acontecer são as escolas, que ensinam às crianças à descartarem corretamente e, dessa forma, conscientizam também as famílias.








+ notícias