A secretaria estadual da Justiça e dos Direitos Humanos organizou uma série de eventos para marcar a Semana Estadual de Direitos Humanos que se estende até o próximo dia 20. A programação, que iniciou no domingo, 9, incluirá festivais, seminários, fóruns, exposição, entrega de equipamentos, inauguração de auditório, lançamento de projetos, assinatura de convênios e a entrega do Prêmio Estadual de Direitos Humanos, reeditado este ano.

A abertura foi marcada pelo Encontro Estadual de Bandas Comunitárias - um projeto da secretaria em parceria com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Ao todo, 600 alunos do projeto (crianças e adolescentes de sete a 17 anos, em situação de vulnerabilidade social, de 15 municípios gaúchos), se apresentaram no Parque da Redenção, em Porto Alegre, das 8h às 17h. Após o festival, eles participaram de um workshop sobre técnicas musicais e formação de bandas. De acordo com o titular da secretaria, o projeto é muito importante para que as crianças e os adolescentes, que já demonstraram melhora no rendimento escolar, também aumentem sua autoestima e se sintam incluídos na sociedade.

O projeto banda comunitária, que conta com recursos do Fundo Estadual da Criança e do Adolescente, foi implantado em Candelária e nas cidades de Alvorada, Panambi, Gravataí, Canoas, Guaíba, Sapucaia do Sul, Santiago, São Jerônimo, Canguçu, Santo Ângelo, Lagoa Vermelha, Parobé, Santo Antônio da Patrulha e São Gabriel.

IMPORTÂNCIA - Conforme o coordenador técnico André de Oliveira, o projeto tem quatro professores que ensinam técnicas instrumentais, maestria, regência, organização e administração da banda, além de balé para os grupos que têm dançarinas. "Temos nas bandas meninas que foram resgatadas da prostituição, jovens que eram usuários de drogas, alguns que foram abandonados pelos pais. São relatos que emocionam. Mas temos em mente que se conseguirmos salvar uma vida vamos estar impedindo que essa pessoa faça mal para ela e para muitos outros. A gente sabe que não vai salvar o mundo, mas estamos fazendo a nossa parte", destaca.